As nossas caixas
E assim vivemos. Sempre com preocupações, sempre de um lado para o outro, sempre dentro da mesma caixa e nem damos por isso. Vamos construindo a nossa vida enquanto ela foge de nós com o seu querido tempo. Somos criadores do nosso próprio destino por mais que o neguemos. Só podemos esperar o agora, não o futuro e muito menos o passado. É agora que tudo acontece. A passo lento se faz a vida. Devemos definir o nosso lento. Ficamos retidos muitas vezes nas nossas angústias, nos "e se", nas partes da vida que só deveriam consumir 5% do nosso tempo. Podemos (devemos, aliás!) focar a nossa atenção nos outros 95%, são eles que nos preenchem de cor, das sensações que vale a pena ter. Somos todos novos. Só exiiste o agora para todos nós. Ninguém passa dele. Nunca esquecer isso. É sempre essencial diversificar a nossa caixinha. Somos seres dependentes por mais que o neguemos. Necessitamos de união. A vida não se constrói apenas através de nós mas também através dos outros. Ela é assim. Um bocadinho perda de tempo. Passa a correr. Mas o que significa mesmo esta expressão? A vida corre, sim e depois? Depois nada. Nós deixamos que ela corra. Como? Simples. Quando nem damos por isso. Mas esse não é problema. O problema é a falta de tempo para a rapidez com que ela corre. Um dia de cada vez. É como eu uma vez li "Se hoje fosse o teu último dia gostarias da maneira como ele se passou?". Deviamos tentar viver um bocadinho mais no agora porque é só o que nos resta. Moldar as nossas caixas. Deixar outros entrar. Entrar noutras também. Comunicação é muito sobrevalorizada hoje em dia mas é o que nos também unidos. Já nem tanto mas ainda mantém.